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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Meu Eu


Me tranquei dentro de mim por medo de não confiar em mais ninguém, me isolei por não acreditar que os interesses das pessoas eram realmente de ver o meu o meu bem, hoje a única confiança que me resta é a do silencio e a de viver o meu eu. Por muitas vezes fico em meu quarto escuro observando tudo que me acontece, tudo que já me aconteceu e não consigo conter as lagrimas, talvez lagrimas essas que me dão um alivio ou uma auto condenação. Fico com perguntas de que desnorteiam a minha vida, será que vim a esse mundo realmente para ser feliz, será que as pessoas gostam mesmo de mim ou é apenas um teatro ou até mesmo uma forma de se aproximarem por algum interesse, não consigo responder tais questionamentos, como? Por quê? Será? Respostas impossíveis a mim. O único conforto que tenho é saber que a minha solidão me acolhe e me abraça, ela sim sempre está comigo fazendo da minha vida um jogo, onde eu jogo sozinho e nem mesmo assim sou vencedor.  Hoje a coisa que mais me entristece é não ter com quem conversar partilhar sobre as alegrias, tristezas, realizações e sonhos. Ah solidão! Peço todos os dias que suma da minha vida mais não consigo banir-te de mim, pois, és tu que me alimenta e se torna o meu sustento. Na vida o que é constante é esperar do mundo sempre que ele seja para nós motivo de felicidade, mais nunca queremos ser para o mundo motivo orgulho. Viver sozinho significa viver na morte interpessoal, e me encontro assim morto pela vida e vivo somente pelo pulsar da vitalidade do meu coração sangrento de emoções fúteis e sem valor.


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  Bruno Pereira Raimundo 

2 comentários:

  1. Solidão algo triste, duvidas e incertezas que nos deixam mais longe da felicidade. Mas sei que essa solidão não sera para sempre.

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  2. Essa é nossa dura realidade, mais no fim tudo dará certo

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