Eu queria que as coisas voltassem ao normal, poder sair, poder abraçar e sorrir com os meus amigos. Mas sair pra onde, se eu mesmo nunca
aproveitei o raiar do sol e sempre reclamei da vida, abraçar? Mas eu nunca fui
de demonstrar carinho para as pessoas, achava os abraços tão grudentos e sem
sentido. Sorrir? Mas eu era o mal humor em pessoa, nada me alegrava e se dessem
risos perto de mim isso já me incomodava. É realmente eu já vivia essa pandemia
tem muito tempo, e apenas estou saudade daquilo que eu nunca fiz ou até mesmo
de reclamar daquilo que faziam.
Estou
percebendo que essa pandemia nos trouxe tantas coisas ruins, tantas misturas de
sentimentos e tantas dores. Mas também vieram muitos ensinamentos, com essa
crise, todos estão aprendendo o valor de coisas que era meramente fúteis, calor
humano, amizades, lealdade, amor, paixões, carinho e principalmente valoração a
liberdade.
Somos livres desde que o mundo é
mundo, mas vivíamos num cárcere sentimental que causavam erosões irreparáveis.
Talvez tudo tenha um sentido, essa crise veio para ensinar que nada paga a
liberdade, nada paga ser “ HUMANO” que possamos enxergar as coisas antes que as
tragédias nasçam.
É uma pena que talvez para
aprendermos tivemos que perder muitos pais, irmãos, avós, esposas e maridos, amigos
e etc.
Costumamos dizer que a vida e o
mundo são bem cruéis, mas na verdade nós que estamos tornando eles assim. O tempo
de dor vai passar, e que após esse pandemônio o infortúnio não chega até nós, a
humanidade.
Que tudo seja um ensinamento, e que aqueles que se perderam em meio a esse Acontecimento funesto encontrem a paz e a certeza de que seremos melhores. Eles merecem que sejamos menos egoístas.
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Bruno Pereira Raimundo
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